Continuando meu roteiro de duas semanas pelo Pará, saímos de Belém para passar 3 dias na Ilha de Marajó curtindo as praias de rio!
Como chegar: A única maneira de chegar na Ilha de Marajó é via balsa. Tem a opção de pegar balsa só de passageiro ou a opção de balsa que leva carro também. Dependendo da sua escolha a balsa sai de lugares diferentes. A balsa que transporta apenas passageiros sai do Terminal Hidroviário de Belém, perto da Estação das Docas, e a empresa que faz o transporte é a Master Motors (@oficialmastermotors). A compra do ticket é feita direto no guichê da companhia. A balsa que faz transporte de carro e passageiro é a Henvil Transportes e sai do porto de Icoaraci. Optei pela opção do carro para poder me locomover com maior liberdade na ilha e achei a melhor escolha. Comprei os bilhetes de ida e volta antecipadamente pelo site da Henvil e devem ser comprados para o carro e para os passageiros. Atenção: quando for comprar o ticket da balsa a empresa orienta que para carro alugado “escolha na listagem do veículo algum que seja similar ao solicitado na locadora e substitua a placa por XXX0000” (essa informação eu descobri entrando em contato com a empresa, pois não tem direto no site!).
Não cheguei a pesquisar transporte por lá. Vale perguntar para a pousada se indica motorista caso não queira alugar carro.
Onde ficar: As principais cidades de Marajó são Salvaterra e Soure, porém recomendo se hospedar em Soure, mais perto das principais praias. A ilha toda é bem simples, Soure é uma cidadezinha tranquila e pacata, bem interior mesmo. Os principais restaurantes são simples e a comida barata. Ótimo lugar para desacelerar! Me hospedei na pousada Aruanã (reserva pelo Booking.com). A pousada é simples porém atendeu às expectativas. O quarto limpo, café da manhã bom e bem no centrinho de Soure, deu para fazer tudo a pé.
Dia 1 – Chegada cedo em Marajó via balsa Henvil Transportes saindo do porto de Icoaraci (saia pelo menos uma hora antes de Belém para chegar tranquilo). Visita aos principais pontos de Salvaterra: ruinas da igreja Jesuíta de Nossa Senhora do Rosário, praia de Joanes, orla de Salvaterra. Pegamos a balsa que transporta carro para levar de Salvaterra a Soure (+- de 30 em 30 minutos).
Fizemos check in na pousada e passamos o dia na praia de Barra Velha. Amei essa praia de rio! Limpa, com várias árvores com raízes suspensas e uma água bem agradável para tomar banho. Lá tem umas três barracas de praia, almoçamos na barraca Netuno e fomos muito bem atendidos. Comida boa também!
Dia 2 – Passeio de barco pelo igarapé Mata Fome com a @marajoimperialtur. Foram 2 horas e meia de duração incluindo o igarapé e parada para banho na praia do Garrote, um banco de areia no meio do rio Paracauari. Achei o passeio bem legal! Avistamos aves e vimos até cavalo nadando rs. A paisagem do igarapé é bem bonita, com a água verde esmeralda no meio da floresta.
Gostei muito! Depois do passeio fomos a praia do Pesqueiro e passamos o dia. Amei essa praia também! Linda, cheia de palafitas e redes, boa barraca de praia para almoçar, ótima para passar o dia todo. Para chegar na praia passa pela vilinha de pescadores com o mesmo nome da praia, bem bonitinha e com lojas de artesanato local.
Na ilha há búfalos por toda a parte! Na praia, nas ruas.. Mas não é perigoso!
Dia 3 – Praia de Cajuuna e Praia do Céu: essas passam dentro da fazenda Bom Jesus (10 reais por pessoa). Andamos um pouco de carro por dentro da fazenda até chegar nas praias. A fazenda tem um visual bem bonito, com várias aves, búfalos e cavalos completando a paisagem. Na praia de Cajuuna só passamos pra conhecer. Achei bonita mas decepcionou um pouco por estar poluída em alguns pontos (não sei se pega sujeira q vem do oceano). Ficamos na praia do Céu e almoçamos na única barraca de praia que tem por lá. Comemos um prato de peixe frito que estava muito bom.
Na parte da tarde fizemos o tour na Fazenda Mironga (@queijodomarajomironga), chamado Vivência Mironga. O tour começa com uma explicação da história da fazenda e dos búfalos em Marajó, depois podemos interagir com os búfalos (montar, tirar leite e fotos) e para finalizar tem o saboroso chá da tarde típico com queijos de búfala, doce de leite, pães, bolos etc. Achei o tour bem legal para vivenciar uma experiência na fazenda e poder interagir com os búfalos, que estão em toda parte na ilha e muitas vezes soltos!
Em alguma noite não deixe de ir no carimbó, dança típica do Pará, no Centro cultural de Cruzeirinho (se informar na pousada sobre os dias de apresentação). O evento é bem legal, com vário grupos tocando e todos podem dançar. Bem cultural e animado!
Restaurante: Patú-Anú – pedi um prato de siri com queijo de búfalo super bem servido e paguei 40 reais!!
Para tomar sorvete típico tem a sorveteria Q’Sorvete e a Ice Buffalo, que fica em um restaurante perto da saída da balsa que vai para Salvaterra (primeira rua em frente ao rio Paracauary).
Não deixe de comer também a unha de caranguejo, o salgadinho típico do Pará recheado com carne de caranguejo. Vale também dar uma passadinha no mercado municipal de Soure e passear na orla que tem o letreiro da cidade.
Marajó é uma ilha muito rica em cultura brasileira e paraense, uma joia ainda pouco explorada pelos brasileiros! Adorei nadar em suas praias de rio, andar por suas ruas pacatas, ver os búfalos soltos e a natureza e viver um pouco do Brasil que pouco conhecemos!
Não deixem de ouvir as músicas da Dona Onete e da Lia Sophia para ficar no ritmo do Pará e do carimbó!
Qualquer dúvida é só colocar na caixinha de comentários!